Organização: Catarina Maul
Assessoria: Cristina Scudeze



segunda-feira, 3 de outubro de 2011

A MAÇÃ E A POESIA

A MAÇÃ E A POESIA


Maçã foi só maçã quando convim.

Olhei-a ontem qual só olhasse um fruto.

Eu fui tão mau, com um pensamento enxuto,

Adormeci a poesia em mim.


Então a fiz prestar-se, num minuto,

A ter seu mais inesperado fim.

Pobre maçã, que anteontem vi o carmim

- Calíope, instinto, amor... Foi só um soluto...


Mas eu, que até do breu já trouxe o dia,

Como da aurora, em facho, a escuridão,

Hoje acordei: “Maçã, não foste em vão!


No coração tu foste concebida,

E a minha mão que desembota a vida,

O peito me abre... És musa! És poesia!”

(Smiley Castelo Branco)

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