Organização: Catarina Maul
Assessoria: Cristina Scudeze



terça-feira, 27 de setembro de 2011

AMOR MADURO

AMOR MADURO


- Dizer que só amor serei, eu poderia.

- Respeito. Só não serei ódio, porém.

- Mas amor é ausência de ira!

- É desconhecer o ódio também.

- Por que conhecer o que não tem valia?

Para quem está morto, pode cair bem.

- Já que sentirá o ódio, o vivo...

Ele aparecerá pelo caminho.

- Supões, ele aparecerá em mim. Como?

- O amigo não ilude; sim, é certo.

- Muito que bem, como não tramo, eu só amo,

Ele secará; não poderá comigo.

- Só se você conhecê-lo no íntimo.

- E que quer meu salvador dizer com isso?

- Só perceber que ele está em você.

- Decerto o amigo nada vê.

- Se alterando você está, ora.

Será que sou o amor e tu, discurso?

- Eu sou o amor; não roube minha fala.

- Finalmente pode perceber o ódio.

- Enfim percebi, você me desculpa?

- Então se aproxime; não te culpo.

O bem vê o amor montanhas movendo,

O ódio as cortando e com elas brincando.

(Mario Manhaes Mosso)

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Comente... Nada melhor para um escritor do que ser lido.