AMOR MADURO
- Dizer que só amor serei, eu poderia.
- Respeito. Só não serei ódio, porém.
- Mas amor é ausência de ira!
- É desconhecer o ódio também.
- Por que conhecer o que não tem valia?
Para quem está morto, pode cair bem.
- Já que sentirá o ódio, o vivo...
Ele aparecerá pelo caminho.
- Supões, ele aparecerá em mim. Como?
- O amigo não ilude; sim, é certo.
- Muito que bem, como não tramo, eu só amo,
Ele secará; não poderá comigo.
- Só se você conhecê-lo no íntimo.
- E que quer meu salvador dizer com isso?
- Só perceber que ele está em você.
- Decerto o amigo nada vê.
- Se alterando você está, ora.
Será que sou o amor e tu, discurso?
- Eu sou o amor; não roube minha fala.
- Finalmente pode perceber o ódio.
- Enfim percebi, você me desculpa?
- Então se aproxime; não te culpo.
O bem vê o amor montanhas movendo,
O ódio as cortando e com elas brincando.
(Mario Manhaes Mosso)
terça-feira, 27 de setembro de 2011
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