Organização: Catarina Maul
Assessoria: Cristina Scudeze



sexta-feira, 30 de setembro de 2011

EM SOL, ARADO

EM SOL, ARADO


Fora de ti

e com fome

preciso comer-me,

depois da luz

que a pele adora

pelo brilho alcançado

preciso rachar-me,

depois da luz

escureço,

o negro come os restos de vermelho.

Carrega consigo

o que a pele adora.

Me olhas. Eu,

de olhos fechados,

posso ainda ver o vermelho de minhas pálpebras.

O fecho de seus olhos gigantes

me estremece... me incendeia

internamente pois, foge o que a pele adora

Escurece.

Sol

foi-se embora.

(Leonardo Araujo Oliveira)

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