INCONTIDO
O desejo contido pelas lembranças
e o breve roçar de pele em esperanças,
é o você e o eu agora distantes
refugiados em outros vilarejos
que se cruzam nessa encruzilhada do medo.
O balançar de seus quadris
e aquele olhar,
que fulmina meu peito
estão cada vez melhores,
mais sedutores e ferinos.
Corro para te encontrar perdida
agora, as tantas da madrugada,
enquanto eles dormem.
Nosso roçar de bocas acordam
o meus e seus desejos incontidos.
As unhas rasgam minhas feridas
e minhas vontades antigas
e meus dedos tocam-te
como outros dedos jamais tocarão.
Balança doce menina enquanto pode,
geme e grita ao meus ouvidos
enquanto eles, longe, dormem.
(Augusto Biffi)
quarta-feira, 28 de setembro de 2011
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