SE FINDO FOGO FAZ FRIO
(que frio que me dá)
quando vejo no olhar da lua
o brilho da íris cheia refletida
no mar de cílios negros me perco
e nas lágrimas dos nossos beijos
me acho perdida
ao ouvir o crepitar dos desejos
à meia luz, no quarto, nos seios
da face rubra dos tintos vinhos,
vou despida na taça, espelho,
me sinto sorvida
reverbera da pupila acesa
o som dos afagos e hálitos se
os olhos nos olhos desabam
as chamas de velas amadas
me faço flambada
(me sinto incendiar)
(Rômulo César)
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