Organização: Catarina Maul
Assessoria: Cristina Scudeze



sexta-feira, 23 de setembro de 2011

MENINA DOS OLHOS INCOMPREENDIDOS

MENINA DOS OLHOS INCOMPREENDIDOS


Olhos como o céu

Olhos como os seus

Em que paro e reparo

Olho o óleo dos seus olhos

Algo tão doce como algodão doce

Comum como um homem só

Um homem só

Não dois.

Em palavras mal ditas

E letras malditas

Não sei se te amo

Ou se temo

Mas preste atenção.

Pois muita gente não presta

Enquanto alguns pedem paz

Outros perdem a paciência

Agora falo claro de seus olhos claros

Olhos únicos como unicórnio ou beija flor

Que o fardo de não falar fique para os mortos

Pois cito seu nome, só pra falar de amor

Em apelos pelos versos

Sejam de lado ou de frente

Dizendo verdades ou heresias

Há quem ainda tente...

Decifrar a parte fácil da poesia

Mas novamente preste atenção

Pois muita gente não presta:

Não de comida aos macacos

Pise na grama

Só palavras não curam

Me ame se quiser

Sobreviva se puder

Morrer é fácil

Viver é difícil

Amor não é opção

Muita gente não presta

Será que alguém presta atenção?

Escrevo pra passar o tempo

Escrevo só por escrever

Escrevo sem saber

Escrevo...

Palavras que só eu sei ler.

(Arth Silva)

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