MENINA DOS OLHOS INCOMPREENDIDOS
Olhos como o céu
Olhos como os seus
Em que paro e reparo
Olho o óleo dos seus olhos
Algo tão doce como algodão doce
Comum como um homem só
Um homem só
Não dois.
Em palavras mal ditas
E letras malditas
Não sei se te amo
Ou se temo
Mas preste atenção.
Pois muita gente não presta
Enquanto alguns pedem paz
Outros perdem a paciência
Agora falo claro de seus olhos claros
Olhos únicos como unicórnio ou beija flor
Que o fardo de não falar fique para os mortos
Pois cito seu nome, só pra falar de amor
Em apelos pelos versos
Sejam de lado ou de frente
Dizendo verdades ou heresias
Há quem ainda tente...
Decifrar a parte fácil da poesia
Mas novamente preste atenção
Pois muita gente não presta:
Não de comida aos macacos
Pise na grama
Só palavras não curam
Me ame se quiser
Sobreviva se puder
Morrer é fácil
Viver é difícil
Amor não é opção
Muita gente não presta
Será que alguém presta atenção?
Escrevo pra passar o tempo
Escrevo só por escrever
Escrevo sem saber
Escrevo...
Palavras que só eu sei ler.
(Arth Silva)
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