O MOMENTO DOCE DA LUXÚRIA
“Quando a luz dos olhos meus
e a luz dos olhos seus resolvem”
se apagar...
é o momento em que eles se fecham
para transbordar um cálice de noite
naquilo que é dia
para perder uma gota de dia
naquilo que é noite de mar
é o momento em que eles se fecham
para fundir
quatro lábios
e confundir
o calor e o frio
sussurrar estrelas de dia
ser ao mesmo tempo selvagem e gentil.
“Quando a luz dos olhos meus
e a luz dos olhos seus resolvem se encontrar”
é o momento em que a luxúria passou
vulcão e larva se derramaram mutuamente
para, enfim, nesse doce encontrar —
como mar e praia
como terra e céu
como dia e noite
simplesmente, muito mais que eternamente, amar.
(Elias Araujo)
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