NOSSO OLHAR
torno-me cego
não sou, não tenho, não vejo
neste encontro, que dum olhar cruzado
de corpo deixado, tudo de lado
toca leve, contigo me leve
me lava e larga a alma
me alarga a vontade
do beijo que dissolve
meu ego, minha dor
de saudade de ver
ser ou ter, querer sentir ou tocar
quando teus olhos me vêm
não sei se os vejo, pois meu desejo
não se come com olhos
não se engole com boca
não digere no estômago
quando estas luzes
convergem ou divergem
este prisma chamado
encanto, que os espalha
por todos os cantos
o que nos olhos vêm
quando só nossos olhares
se encontram e é só deles
o amor que nos emprestam ao corpo
(Guilherme Coutinho Tomaz)
segunda-feira, 12 de setembro de 2011
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